segunda-feira, 10 de abril de 2017

A Barreira Invisível





                                                              Cena do filme "Don Juan"


 Estar desconectado com o mundo ao redor, tema extremamente atual por conta da dimensão que as redes sociais tomaram. Dentro deste assunto imaginar como que a inserção de um jovem autista pode ser. Quando vamos ao cinema é comum pensarmos em assistir filmes que tenham o poder de fazer com que a nossa realidade seja esquecida, pelo menos por um tempo. Justamente por isso existem filmes de comédia, terror, os de ficção cientifica e de realidades diferentes.

  Agora e quando o dia-a-dia é repleto de dificuldades relacionadas ao convívio social? Esse é um dos pontos abordados no filme Don Juan, dirigido por Jerzy Sladkowski, que conta a história de Oleg, um jovem autista de 22 anos que vivencia situações diferentes não conhecidas pela maioria das pessoas.

  O autismo é pouco discutido numa sociedade em que tudo é corrido, e quanto menos se sabe, menor relevância ganha. A forma como essa parcela de nós enxerga a vida não é da mesma maneira e o relacionamento em um círculo social chega a ser penoso.

  A introversão é uma das características do autismo, mas quantas pessoas hoje em dia se sentem fora dessa realidade, essa necessidade de sempre se encaixar em algum grupo ou seguir um estilo, de certa forma não estamos repletos de seres deslocado, não seria uma carência que a sociedade atual desenvolveu? Claro que os que nascem autista tem uma barreira a mais que pode crescer tanto quanto pode ser amenizado, para isso depende do grau do distúrbio e quanto que as pessoas próximas ajudam nessa caminhada.

  Mas afinal, quantas pessoas até hoje já assistiram um filme que que falasse sobre este tema? Mas se perguntar a uma pessoa que tenha um parente autista na família? Perguntado isso a Mariana Oliveira ela disse: “Não, nunca assisti nenhum filme sobre o assunto, aliás não sabia que tivesse filme que abordasse o autismo”. E questionando a outras pessoas pouco elas conseguem falar.

  Enfim, a preocupação com o próximo é uma raridade e mesmo quando faz parte do nosso convívio existem várias outras questões que alcançam maior importância.


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